Marilzes Petroni

Em 40 anos de arte, Marilzes Petroni, artista plástica contemporânea , expôs suas obras em países como Estados Unidos, França, Holanda, Espanha, Argentina, Uruguai, Chile e México.
Também participou de mais de 150 exposições coletivas em diversos estados do Brasil.
Faz parte da diretoria do Sindicato dos Artistas Plásticos de SP, AIAP- Unesco.
Em 1997, inaugurou o “MARILZES PETRONI – ATELIER E ESPAÇO DE ARTE”, em Jundiaí – SP. Neste espaço, tem realizado cursos sobre arte com importantes críticos de arte.
 
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS MAIS IMPORTANTES:
 
1983 – Realidade Brasileira – Sala Bandeirante de Cultura- Curitiba – PR – BR
1984 – Estatística na Arte – Caixa Econômica Federal – São Paulo -SP – BR
1985 – Secretaria de Esporte e Turismo – São Paulo – BR
1986 – Verde Amarelo – Secretaria da Cultura de Curitiba – PR – BR
Nossas Cores – Biblioteca Mario de Andrade – SP – BR
1987 – Centro Cultural Brasil – Estados Unidos – Curitiba – PR – BR
1988 – Banco Real – São Paulo – SP – BR
1989 – Integre-se ao Verde – Pinacoteca de Piracicaba – SP -BR
100 anos da República – Teatro Guaíra – Curitiba -PR – BR
1990 – Nossas cores Verde-Amarelo – Fundação Cásper Líbero – São Paulo – SP – BR
1991 – Elabora desenho do carimbo do Correio para os 100 anos da AV. Paulista – São
Paulo – SP – BR
1992 – Instalação e exposição Patriotismo – Biblioteca Adelfa Figueiredo – SP – BR
1995 – Exato Procedimento – Galeria Grossman – São Paulo – SP – BR
1996 – Inaugura escultura pública em Jundiaí – SP – BR
1997 – Janela para infinito – Monterrey – Fundação Arte A.C – MÉXICO
1998 – Deslocamento – Centro Cultural Candido Mendes – Rio de Janeiro – RJ – BR
1999 – Viagem da Forma para a Cor – Memorial da América Latina – São Paulo – SP – BR
2000 – Vôo para Liberdade – Memorial de Curitiba – PR – BR
2001 – Ex-geométricos X Violência – Assembleia Legislativa – São Paulo – SP – BR
2002 – Exposição e performance – Assembléia Legislativa de São Paulo – SP – BR
2003 – Instalação de escultura na Assembléia Legislativa de São Paulo – SP – BR
2005 – Museu Metropolitano de Buenos Aires – Argentina
2009 – Academia Campinense de Letras – Campinas – SP
 
“Mondrian (1872-1944) reinterpretou o cubismo figurativo nas formas características do abstracionismo. (…) precursor do geometrismo, quem daria uma contribuição renovadora à arte moderna. Na beleza das linhas retas rigorosamente calculadas e acertadas, ele antecipou o construtivismo, que depois passaria a ser um dos esteios das novas conquistas da arte.
E muitos desde o início do século, têm percorrido a senda mondrianesca. (…)
Agora chega a vez da paranaense Marilzes Petroni revelar, através de sua pintura, os degraus que vem percorrendo na tendência, para muitos fria e concentrada no racionalismo.
Alguns trabalhos ultrapassam as dimensões tradicionais e servem até de complementação ao que idealizou, como observamos no que apresenta agora no Espaço Cultural Cásper Líbero.”
Ivo Zanine – Coordenador do Espaço Cultural Cásper Líbero – São Paulo -1990
 
Jacob Klintowitz – 1995
A GEOMETRIA SENSÍVEL DE MARILZES PETRONI
“Tudo parece imutável e sereno. Cada objeto ocupa o seu único lugar no espaço. Os sinais estão distribuídos com naturalidade e é justamente isto que causa a sensação de estranhamento. Neste espaço onde as relações são exatas não há um lugar para o orgânico. Em algum momento, nesta contemplação, teremos que abandonar o aconchego das paixões e considerarmos esta medida emoção levada ao limite de nossa resistência. O som na amplitude de nossa receptividade. No silêncio das formas exatas percebemos o desenvolvimento musical das estruturas geométricas. Marilzes Petroni transmite o processo de seu fazer e é subjacente a emoção que presidiu este ritual. As formas e as suas relações, as estruturas e o seu desenvolvimento harmônico e rítmico.(…)
Marilzes Petroni inscreve-se na tradição brasileira da geometria.(…) É o universo pictórico desta artista e o campo onde a sua reflexão se desenvolve.
 
“(…) Marilzes repensa o Brasil mediante um estratagema simples. Em 1983, expôs obras, nas quais retratava, mediante a estatística e a geometria, como estava o país. Após vinte e três anos, ela retoma o tema, geometricamente, para comparar os dados estatísticos daquela época com os atuais. Trata-se de uma reflexão no campo da política e da arte. Ao mesmo tempo destaca que arte é um fenômeno social, além de ser uma forma de conhecimento. (…)
Marilzes equilibra a sua linguagem entre o rigor do sistema geométrico e a expressividade das cores do Brasil, arte em defesa do país, apesar de os dados estatísticos causarem certa decepção, mas é a fisionomia do país. Não é só o Brasil é passado a limpo, mas, principalmente, visto e revisto pelo Espelho da Verdade. (…)
Marilzes faz parte de um grupo de artistas da América Latina que produz Geometria Sensível. Este é o primeiro passo para uma descoberta tanto racional quanto emocional de sua obra geométrica. (…)
A obra de Marilzes segue esses mesmos conceitos de estrutura, mas propõe uma reflexão política, raiz dessa exposição e deste texto. (…)
A geometria de Marilzes destaca os veios artístico e social, a união intrínseca entre arte e sociedade. Sua pintura não quer apenas satisfazer a retina, mas propõe uma reflexão sobre as idiossincrasias do Brasil e, por extensão, de toda a América Latina.(…)”
Alberto Beuttenmüller Membro da AICA-UNESCO e ABCA e Editor do Jornal da ABCA – 2006