Nícolas Vlavianos - em memória

1929 – Nicolas Vlavianos nasce a 7 de fevereiro em Atenas, Grécia.
1948 – Entra na Escola de Direito da Universidade de Atenas.
1955 – Após prestar o serviço militar, abandona seus estudos de direito para dedicar-se à pintura.
1956 – Vive em Paris, até 1961. Inicia seu aprendizado de escultura na Academie de La Grande Chaumiére, com o escultor Zadkine. Realiza suas primeiras esculturas em ferro soldado na Academie du Feu de Lazsló Szabo.
Faz viagens de estudos na Bélgica, Holanda, Itália, Inglaterra e Alemanha.
1958 – Participa de sua primeira exposição coletiva no 13 éme Salon dês Réalités Nouvelles, no Museé dês Beaux-Arts de la Ville de Paris. Dá início a temática Asa/Vôo.
1959 – Participa do 14 éme Salon dês Réalités Nouvelles, no Museé dês Beaux-Arts de la Ville de Paris e do Salon de La Jeune Sculpture, no Museé Rodin, em Paris.
1960 – Participa do Salon de la Jeune Sculpture, no Museé Rodin em Paris.
1961 – Realiza sua primeira exposição individual no Institut Français d’ Athènes, com catálogo apresentado por Efi Ferentinou. Exibe esculturas em ferro soldado, de construção fechada, compacta, e de inspiração arcaica. É premiado pelo Ministério de Educação da Grécia, durante a VI Exposição Pan-Helênica, em Atenas. Participa do XVII Salon de Mai, Museé d’art Moderne de La Ville de Paris e do Salon de la jeune Sculpture, no Museé Rodin em Paris.
Viaja para o Brasil, integrando a representação de artistas gregos na VI Bienal Internacional de São Paulo. Fixa residência em São Paulo.
1962 – Aluga seu primeiro atelier em São Paulo, na Rua Espártaco, na Lapa. Faz sua primeira Individual no Brasil, com apresentação de Aracy Amaral, na Galeria São Luiz, São Paulo. Apresenta esculturas de composição dinâmica, utilizando pregos e peças mecânicas e integrando-as a massas de ferro soldado.
1963 – Participa da VII Bienal Internacional de São Paulo. Projeta e executa as armas da peça de teatro César e Cleópatra, com a direção de Ziembiski, e estrelando Cacilda Becker. Colabora com o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo ( MAC – USP ) na programação e montagem de várias de suas exposições.
1964 – Expõe na Galeria Seta, em São Paulo. Apresenta relevos e esculturas de pequena dimensão, em ferro, latão, madeira e resíduos industriais trabalhados a fogo e de temática antropomórfica. O uso da solda aparece como meio construtivo e expressivo.
1965 – Expõe na Galeria Astréia, em São Paulo. Apresenta esculturas de pequena dimensão, temática antropomórfica e de expressionismo contido, a que chama “Personagens”. Diversifica os materiais, empregando, além de ferro e latão, alumínio, cobre e aço inox, mantendo o uso de resíduos industriais. Emprega prensa para modelar chapas de metal.
Recebe os seguintes prêmios: 2° Prêmio de Escultura no 1° Salão Esso de Artistas Jovens, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1° Prêmio de Escultura no XX Salão Municipal de Belas Artes, Museu de Arte da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Prêmio Aquisição do Ministério de Relações Exteriores do Brasil durante a VIII Bienal Internacional de São Paulo.
1966 – Realiza mostra individual no MAM do Rio de Janeiro, com apresentação de Mário Pedrosa. Exibe figuras de inspiração arcaica, compostas de partes de ferro soldado unificadas pela cor, a que chama “Indômitos”.
Participa como convidado, com sala especial, da I Bienal Nacional de Artes Plásticas, em Salvador, onde recebe o Prêmio Especial.
1967 – Participa da XI Bienal Internacional de São Paulo e do IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília ( recebe o prêmio aquisição ). Retoma a temática Asa/Vôo, com “Astronautas” e “Pássaros”.
1968 – Expõe na Petite Galerie, Rio de Janeiro, apresentando figuras de pequena dimensão, em ferro, latão e aço inox da série “Astronautas”
1969 – Inicia sua carreira docente na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado ( FAAP ), onde dá aulas de expressão Tridimensional até a presente data.
1971 – Faz retrospectiva no Museu de Arte Brasileira ( MAB ) da FAAP, em São Paulo, onde apresenta também esculturas em alumínio soldado, retomando a série “Astronautas”.
Realiza um múltiplo com a temática Asa, em cimento amianto, para a empresa Eternit, numerado de I a V e de I a 50. A partir dessa data, desenha e produz múltiplos e objetos de uso. A maioria de suas esculturas passa a ser realizada em chapas de aço inox modeladas por relevos prensados obtidos através de estampas.
1972 – Expõe na Galeria Astréia, em São Paulo. Inicia a série “Plantas”. Passa a enfatizar as superfícies, intensificando o brilho do material. Participa do V Panorama de Arte Brasileira/Escultura, no MAM de São Paulo, e com seus alunos da FAAP, da V Exposição Jovem Arte Contemporânea, no MAC-USP, São Paulo.
1973 – Participa do projeto Espaço Vivo Construhab, coordenado por Maria Bonomi, e realiza um múltiplo da série “Astronautas”, em aço inox numerado de I a X e de I a 90 para a Construhab. Cria o troféu Prêmio Villa-Lobos, oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA ).
1974 – Expõe na Galeria Múltipla, em São Paulo. Recebe o prêmio do Conselho Estadual de Cultura no V Salão Paulista de Arte Contemporânea, Pavilhão da Bienal, São Paulo, e o prêmio APCA na categoria Artes Visuais.
1975 – Participa da III Bienal Internacional da Pequena Escultura, em Budapeste, recebe o Primeiro Prêmio com a obra Planta. Participa do VII Panorama de Arte Atual Brasileira/Escultura, no MAM, São Paulo.
1976 – Expõe na Galeria Múltipla, em São Paulo, e viaja a Itália para exposição individual na Galeria da Embaixada Brasileira em Roma.
1977 – Realiza individual no MAC-USP, São Paulo. Participa da mostra Gráfica e Scultura Brasiliana, no Centro Rizzoli, Milão. Viaja a Ouro Preto a convite da Prefeitura da cidade, para participar do I Encontro Nacional de Escultores.
1978 – Expõe na Galeria Múltipla, em São Paulo. Participa da exposição Objeto na Arte: Brasil Anos 60, no MAB, São Paulo.
1979 – É condecorado com a Medalha Mário de Andrade pelo Governo do Estado de São Paulo. Cria uma escultura para a empresa Gessy-Lever, juntamente com a edição de um múltiplo, numerado de 1 a 65. Executa um múltiplo em aço inox, da série “Plantas”, para o Clube da Escultura, da Galeria Skultura, edição numerada de 1 a 150. Integra o conselho de Arte da Escola Superior de Artes Santa Marcelina.
1980 – Expõe na Galeria Skultura, em São Paulo, e na Galeria Clementina Duarte, em Recife, Pernambuco.
Participa das mostras Panorama da Escultura Brasileira no Século XX, organizada pelo Museu de Arte de São Paulo ( MASP ) no SESC Brasílio Machado Neto, São Paulo, e Ochenta Años de Arte Brasileño, em Buenos Aires e Lima.
1981 – Expõe na Galeria Guignard em Porto Alegre. Participa da exposição Nine Sculptors From Brazil, na Galeria de Arte do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos, em Washington.
Recebe o prêmio Aquisição da Caixa Econômica Federal no Panorama de Arte Atual Brasileira/Escultura, MAM, São Paulo, pela obra Estrutura III. É nomeado pela Secretaria de Esportes e Turismo de São Paulo, membro do júri do Monumento ao Padre Anchieta a ser erigido no Pico do Jaraguá, São Paulo. Realiza três esculturas em aço inox para a American Express.
1982 – Participa da exposição Um Século de Escultura no Brasil, no MASP, São Paulo.
Realiza o troféu Melhor Piloto de Todos os Tempos, oferecido pela revista Quatro Rodas a Juan Manuel Fangio. Passa a integrar o conselho de Arte do MAM de São Paulo.
Faz parte do júri de seleção e premiação da III Trienal de Tapeçaria, promovida pelo MAM. Viaja a Nova York para a exposição individual na Camillos Kouros Gallery.
1983 – Expõe na Galeria Singular, em Porto Alegre.
1984 – Viaja a Nova York para a exposição individual na Camillos Kouros Gallery, onde exibe obras da série “Engrenagens”. Participa das exposições Tradição e Ruptura, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, e Acervo de Esculturas do MAB, São Paulo. Realiza Múltiplos para o Clube da Escultura, da Galeria Skultura, numerados de I a XXV e de 1 a 250.
1985 – Expõe na Galeria Skultura, São Paulo, onde exibe obras da série “Oratórios”.
Participa das seguintes exposições: V Bienal Internacional de Escultura, em Atenas, Indoors For Outdoors, no Kouros Sculpture Center, Connecticut, NY; Destaques da Arte Contemporânea Brasileira e Panorama de Arte Atual Brasileira, ambas no MAM de São Paulo.
1986 – Expõe na Galeria Aktuel, Rio de Janeiro .
1987 – Participa da exposição Arte e Novas Tecnologias: Fibras Ópticas, MAC-USP, São Paulo.
1988 – Participa do Panorama da Arte Atual Brasileira,MAM, São Paulo, e da exposição Recado a Mário Schenberg, Funarte, São Paulo.
1989 – Viaja a Nova York para a exposição individual Objets d’Art, na Camillos Kouros Gallery.
1990 – Inicia a série “Magic Machines”, combinando aço inox e latão para criar esculturas alusivas ao tema “Objetos de Uso Cotidiano”. Participa da exposição Without Walls: Art Environmental Sculpture Exhibition, no Kouros Sculpture Center, Ridgefield, connecticut, NY( Mostra Permanente ).
1991 – Participa da II Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, Fortaleza, Ceará.
1992 – Viaja a Miami para participar da Feira Internacional Art Miami 92. Participa da exposição A Sedução dos Volumes: Os Tridimensionais do MAC, no MAC-USP, São Paulo.
1993 – Realiza a exposição Retrospectiva Vlavianos: 35 anos de Escultura , no MASP, São Paulo. Realiza mostra individual na Fundação Cultural Cassiano Ricardo, São José dos Campos, SP. Participa da exposição A Sculptural Survey, no Kouros Sculpture Center, Ridgefield, connecticut, NY.
1994 – Participa das mostras Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal de São Paulo, e Art Contemplates Nature, no Kouros Sculpture Center, Ridgefield, Connecticut, NY. Realiza uma edição especial de múltiplos para o Lloyds Bank, numerada de 1 a 500.
1995 – Viaja a Miami para participar da Feira Internacional Art Miami 95. Executa edição especial de múltiplos para a H. Stern. Participa da Exposição Art in The Environment, no Kouros, Sculpture Center, NY.
1996 – Ministra aulas sobre escultura no curso de pós-graduação do Centro Superior de Aperfeiçoamento Profissional (CENAP ) da FAAP, até 1997. Executa uma escultura em bronze para o Banco Sudameris. Participa da mostra Arte e Espaço Urbano, organização da Fundação Athos Bulcão, Brasília, DF.
1997 – Cria uma obra para o Jardim das Esculturas do novo Arquivo do Estado de São Paulo. Executa dois painéis em cerâmica para o projeto Cingapura, a convite da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo.
Viaja a Washington, para a abertura da exposição: A Escultura Brasileira de 1920 a 1990: Perfil de Uma Identidade no Centro Cultural do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
1998 – Participa da mostra Píer Walk 98 Maquete Exhibition na Wood Street Gallery, Chicago. Participa como artista convidado, da Exposição Internacional Pier Walk 98 no Navy Pier de Chicago, onde apresenta a escultura Brazilian Nature. É um dos integrantes da exposição virtual 2º Eletromídia da Arte. Realiza o troféu Max Awards para a 12º Fenasoft, em São Paulo. Participa da exposição A Arte da Escultura no Conjunto Nacional em São Paulo. Realiza exposição individual de múltiplos e objetos de arte na Galeria Múltipla.
1999 – Realiza dois painéis em aço inox pintado a convite da TV Cultura. Realiza exposição individual de múltiplos e objetos de arte na Galeria Múltipla.
2000 – Executa escultura em bronze encomendada pela empresan Tissot para comemorar os 500 anos do Descobrimento do Brasil. Participa da exposição Escultura Brasileira na Luz, no Parque da Luz, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
2001 – Realiza a exposição Vlavianos, a Práxis Escultórica no Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo, SP.