Vanda Ramirez

Vanda Ramirez
 
Formação: Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Estudos complementares com o professor e pintor surrealista, Walter Levy.
 

Individuais:
“ARTENOCAFÉ” Octávio Café. São Paulo 2016.
“Projeto Arte no Mercearia” Mercearia São Roque. São Paulo 2016.
“Maranhos”- Galeria Nuvem. São Paulo 2013.
Antologia “Linha Artística”. São Paulo 2006.
Espaço Cultural do Banco Central do Brasil. São Paulo 2003.
Casa de La Mujer. Madrid España 1996.
El Colegio Mayor Casa do Brasil. Madrid España 1997.
 
Coletivas:
Galeria Angelina W. Messenberg. Centro Cultural de Bauru SP 2017/2018
Galeria Antonio Berni. Rio Bikoo Tem. Rio de Janeiro 2017
Visualidades Contemporâneas Porto de Santos. APAP São Paulo 2017
Centro Histórico e Cultural Mackenzie. APAP São Paulo 2017
Museu de Arte Contemporânea de Campinas. APAP São Paulo 2017
APAP 35 Anos Galeria Marta Taba. São Paulo 2016
De Olho na China. UNESP. São Paulo 2016
APAP 35 Anos. Pinacoteca Benedito Calixto. Santos São Paulo 2016
Meu Corpo, Minhas Regras. São Paulo 2016
4º Salão de Outono da América Latina São Paulo 2016.
94 anos da Semana de Arte Moderna de 22. PontArt Galeria. São Paulo 2016
3º Salão de Outono da América Latina. São Paulo 2015.
2º Salão de Outono da América Latina. São Paulo 2014.
Parte Feira de Arte Contemporânea. São Paulo 2013.
1º Salão de Outono da América Latina. São Paulo 2013.
Grandes Artistas. Espaço Cultural do Banco Central do Brasil.  Comemoração aos 40 anos do banco. São Paulo 2005.
II Salão WTC Arte pela Paz. São Paulo 2005.
Exposição Anseiosereticências. Hebraica. São Paulo 2005.
Salão Nacional G. Mateus de Arte. São Paulo 2005.
São Paulo 450 anos Assembleia Legislativa. São Paulo 2004.
Contemporary Brazilian Artists- New Century Gallery. Chelsea New York 2004.
First International Art Showcase. Xerox the Doc. Company. New York 2003.
Exposição100 anos de Carlos Drummond Andrade. Assembleia Legislativa SP
I Prêmio Maimeri Latino – Americano. Palais de Glace. Argentina 2001.
III Prêmio Maimeri Brasil. Memorial da América Latina. São Paulo 2001.
51º Salão Paulista de Belas Artes. São Paulo 2000 Menção Honrosa.
 
Projetos realizados:
1º Pira na Arte da Villa Madalena. PontArt Galeria São Paulo 2017
Pintura ao Vivo, sobre São Paulo no SESI Leopoldina.  Paulo 2009.
Muro de Portinari, homenagem a Portinari em Brodowski. São Paulo 2008.
Amado Jorge Amado, Caixa Cultural Caixa Econômica. São Paulo 2008.
Personagem Saci, Folclore Brasileiro, instalação CPTM São Paulo 2007.
 
Acervos:
FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos, São Paulo.
Development Systems, Madrid-Espanha.
Clube Paineiras do Morumbi, São Paulo.
ARC-Executive Talent Recruiting. São Paulo.
FESA-Global Recruters, São Paulo.
Banco Central do Brasil, São Paulo.
Museu Casa de Portinari.
 
Catálogos:
Anuário de Artes Luxus Magazine. 2017
Artistas da APAP. 2015
Anuários Brasileiros de Artes Plásticas.2004
 Catálogos Arte&artistas.2001
 
Técnica que vem desenvolvendo: Azurado em Óleo sobre Tela.
Artista Associada da APAP – Associação Profissional de Artistas Plásticos.
 
 

 
Palestrante: Ciclo de Palestras Walter Levy – Falei sobre: Vivencia de um jovem artista no Atelier De Walter Levy.
Auditório da Estação Pinacoteca em Agosto de 2003
 
Jurada: Fiz parte da mesa de jurados no ProAc nº 21 da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo -2011
 

 

Critica de Oscar D’Ambrosio.
 Reciclagens-/-Vanda Ramirez
 
            Entre os vários sentidos do verbo reciclar, um dos mais importantes é o de atualizar-se para obter o melhor rendimento possível. Isso significa uma constante renovação de temas e de técnicas em busca de um caminho em que as próprias potencialidades possam ser melhor desenvolvidas.
            A artista plástica Vanda Ramirez, ao trabalhar com o tema da reciclagem, propõe justamente a alteração do rumo dos ciclos. Em vez de estabelecer uma repetição eterna, instaura uma jornada em que se apropria de um tema muito citado, mas poucas vezes trabalhado em sua profundidade: a reciclagem.
            A reciclagem que a artista propõe toma como ponto de partida o próprio desperdício que o ser humano faz diariamente e o apresenta numa perspectiva plástica. Latas, catadores de lixo e outros elementos são colocados num universo em que reciclar significa ver de uma nova maneira não só o lixo, mas também a vida.
            A própria técnica de Vanda, chamada de azurado, realizada com óleo sobre tela, consiste numa reciclagem. Por meio de raspagem, o desenho, o fundo ou ambos surgem com linhas finas, paralelas e com a mesma distância entre si, seja em estruturas retas, onduladas ou mesclando as duas possibilidades.
            Saber trabalhar essas linhas constitui um desafio. Evitar a repetição dessa estrutura rumo à mesmice conduz a uma atualização profissional e cultural inserida plenamente no mundo do reciclar, não da própria arte e da sua técnica, mas, principalmente de uma poética de formação surrealista, presente, muitas vezes, na forma de interação entre os cenários e o elemento humano.
            Quando se pensa em reciclagem, faz-se presente a idéia da repetição de uma operação sobre alguma determinada substância para melhorar suas propriedades ou aumentar o rendimento de uma operação. Nesse sentido, o uso constante das linhas, ainda mais admirável quando se observa as obras de Vanda de perto, traz justamente a noção de como o fazer constante de um ato – no caso, a linha – valoriza o trabalho da artista.
            O reciclar, em seu sentido mais contemporâneo, refere-se ao tratamento de resíduos ou de material usado tendo em vista as suas formas de reutilização. Tal assunto, de inegável riqueza, torna-se ainda mais desafiador quando se vive numa sociedade do descarte em todos os níveis.
            Costuma-se avaliar empresas e pessoas muito mais pela capacidade de se livrar de funcionários ou de objetos e relacionamentos do que pelo poder de agregar capacidades e afetos. As telas de Vanda Ramirez não podem ser vistas sem levar em conta que reciclar é somar, ou seja, colocar sob nova perspectiva projetos próprios e alheios, seja na forma de imagens ou de linhas, de atmosferas ou de figuras humanas, de materiais diversos representados na pintura com a técnica do azurado ou na própria visão do mundo e da arte.
           
            Oscar D’Ambrosio, jornalista, é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes (IA) da UNESP, campus de São Paulo e integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA-Seção Brasil).