Paulino Lazur

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
 
2016  Taubaté/SP – (Esculturas)
            “Entre o real e o imaginário”
           Curitiba/PR –(pinturas/esculturas)
            “A Construção da Geometria “
 
 
2015  São Paulo/SP – (Pinturas)
 “Nem Só de Retas Vive o Homem”
 
2006  Almacén Galeria de Arte/RJ - (Objetos-arte, Pinturas-objeto e Pinturas);“Hecho a Mano” - La Geometria Revisitada - Espaço Cultural Instituto Cervantes/SP - (Objetos-arte, Pinturas-objeto e Pinturas).
2000           Galeria Fernando Silva - Yázigi/SP (Pinturas, Esculturas e Objetos-Arte).
1994  Espaço Cultural Yázigi, Rio de Janeiro/RJ (Desenho, Escultura e Pintura);“Galeria Volpi”, São José dos Campos/SP (Pinturas e Esculturas).
1993            “Projeto Novos Acervos YázigiCircuito Arte Brasil” – Exposição      Simultânea nos Espaços Culturais Yázigi de: Macapá (AM), Fortaleza e Sobral (CE),    Teresina (MA), Cuiabá (MT); Linhares, Vila Velha e Vitória (ES); Duque de Caxias e        Rio de Janeiro (RJ); Canoas, Caxias do Sul, Pelotas e Porto Alegre (RS), Curitiba e        Londrina (PR); Florianópolis (SC); Araraquara, Campinas, Itu, São Caetano do Sul,          Mogi das Cruzes e Osasco (SP); no Estado de São Paulo: unidade do Tatuapé,        Jardim Paulista, Perdizes, Moema, Saúde, Vila Mariana, Sumaré e Cerqueira Cesar       (Sede Nacional) - (Pintura e Desenho).
1992  “Cores e Formas do Imaginário”, Espaço Cultural Conceição dos Bugres e                   UFMS,          Campo Grande/MS (Pintura e Desenho);
           
            “Escadas, Caixotes e outros Bichos...” Arte   na Nove de Julho - Espaço Cultural Yázigi São Paulo/SP e São José dos Campos (Instalação, Desenho e       Pintura).
 
1990  “Pinturas”, Espaço Cultural Projeto, São Paulo/SP.
1989  “Indigenária e Negritude”, DRE4-Norte, Guarulhos, SP, Pinturas;  
         “Pássaros Urbanos, Indigenária e Negritude”, Espaço Cultural Del Pilar, São    Paulo/SP (Pinturas e          Objetos de Parede).
1988  “Pinturas”, Espaço Cultural Sambra, São Paulo/SP;
         “Dobrações”, Espaço Cultural Hilton, São Paulo/SP (Pinturas).
1987  “Pinturas”, Espaço Cultural Top-Center do Centro de Artes de São Paulo/SP
         “Pinturas”, Espaço Cultural Projeto/SP; “Pinturas”, Mostra Delegacia Municipal de   Ensino de Guarulhos/SP.
1985  “Forma, Função e Cor”, Centro Permanente de Exposições, Guarulhos/SP (Esculturas Planas, Tridimensionais, Portais, Luminárias e Pinturas).
1983“Forma e Função”, Centro de Convivência Cultural de Campinas/SP (Esculturas      planas, Tridimensionais, Portais e luminárias).
 
EXPOSIÇÕES COLETIVAS E SALÕES
 
2015  “Universo” – Esculturas – São Paulo
2013  “Construções – da Madeira ao Aço” – Escultura – São Paulo
2012  “Símbolos Urbanos” – Escultura – São Paulo
2011  “Panorama Inicial” – Escultura – São Paulo
2010  “Pouco Espaço para 4” - Pinturas – São Paulo
2009ArteBA - 18ª Feira de Arte Contemporânea de Buenos AiresPinturas (Coletiva).
            “Natureza Concreta” – São Paulo
 
2008ArteBA - 17ª Feira de Arte Contemporânea de Buenos Aires Pinturas e Escultura(Coletiva).
 “Diálogo” – Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) – Pinturas (Coletiva).
2007“Pequenas Grandes Obras” – Sesc São Paulo – Objeto-arte (Coletiva);
            “Papelão” – Galeria Central  - Desenhos - (Coletiva).
            Abstração Agora” – Nova André Galeria de Arte (Objetos-arte e Pinturas).
         “Transposições” – Desenhos – São Paulo
 
2006  “20 anos” – Almacén Galeria/RJ (Pinturas e Esculturas);
         “Transposições” – Instituto Cervantes (Desenhos);
         Mostra de Colagem –  “14 Bis, 100 anos” (Objeto-arte);
         Golf in Arts” – Espaço Cultural Blue Life (Pintura).
2005“Caderno de Notas – Vlado 30 Anos Depois” – Estação Pinacoteca de São        Paulo (Objeto-arte);
         “Arte & Design” – Galeria de Arte Isabel de Carvalho/S.José dos Campos   (Pinturas);
         “L’Art Català no Brasil” - Itinerância SP/Rio/Brasilia – C.C. da Caixa Economica     Federal/Centro (Esculturas e Pintura-Objeto);
         “Encontro de Raízes” – Espaço Cultural Instituto Cervantes (Pinturas e      Esculturas);
         “19 anos” – Almacén Galeria de Arte/RJ (Pinturas e Esculturas).
2004  “Uma Viagem de 450 anos” – Sesc Pompéia (Pintura-Objeto).
         “18 anos” – Almacén Galeria/RJ (Pinturas e Esculturas).
2003  “100 Artistas Homenageiam São Paulo” – Páteo do Colégio (Pintura).
         “35 Anos de             Ocupação: Palestinos e Israelenses Juntos” – Sesc Pompéia      (Pintura);
         “17 anos” – Almacén Galeria/RJ (Pinturas e Esculturas).
            “As Diretrizes da Diretriz” – Diretriz Arte Contemporânea (Pintura-objeto);
         “Vertentes & Afluentes - 1800 A 2003” – Nova André Galeria - Arte &    Cultura/SP (Escultura).
2002  “Abstratos” – coletiva Nova André Galeria - Arte & Cultura/SP (Pintura).
         “16 anos” – Almacén Galeria/RJ (Pinturas e Esculturas).
2001  “4 Décadas” – inauguração Nova André Galeria - Arte & Cultura/SP (Esculturas);
         “Arte Hoje” – inauguração Galeria Arvani Arte/SP (Esculturas).
19993º Mostra RB1 de Esculturas Monumentais Rio de Janeiro/RJ - Amantes”.
1997  Arte Aplicada na Praça - coletiva de esculturas na Praça Cetenco Plaza/SP.
1996Arte Aplicada na Praça - coletiva de esculturas na Praça Cetenco Plaza/SP;
         Coletiva de murais da Revista Veja na Usina do Gasômetro, Porto Alegre/RS.
1995  Exposição Cuba, México e Brasil - Havana/Cuba (Pintura); Projeto Phillips -       Meta Cultural, Aeroporto de Cumbica/SP (Mural);
         Projeto Revista Veja - Meta Cultural, Aeroporto Santos Dumont/RJ (Mural).
1994  Bandeiras: 60 Artistas Homenageiam a USP - MAC-USP/SP (Pintura);
         Imagem e Sedução - MAM-BA - Salvador/BA (Pintura);
         Imagem e Sedução - MAC – USP/SP (Pintura);
         Da Imagética Brasileira e de Miró - MAC-USP/SP (Pintura e Estudos de    Esculturas);
         Prêmio Gunter de Artes Plásticas - MAC-USP/SP (Pintura);
         1a. Bienal Paulista de Arte Contemporânea de Valinhos/SP (Pintura).
1993  Bienal Nacional de Santos/SP (Pintura); Galeria Estúdio A, Recife/PE (Pintura);
         Da Imagética Brasileira e de Miró - MAC-USP/SP (Pintura e Estudos de    Esculturas);  
            Espaço Cultural Yázigi/RJ (Desenho, Escultura e Pintura), São Paulo e Porto      Alegre          (Pintura);
         “Arte Objetual” Acervo Yázigi – C.A.C Sonilton Alves, Porto Alegre/RS        (Instalação);
         “Friedenreich”, 100 anos de Futebol e Arte, Pinacoteca do Estado/SP        (Pintura);
         20o. Salão de Arte Contemporânea de Santo André/SP (Pintura);
         Salão             Brasileiro da Fundação Mokiti Okada/SP (Pintura);
         “Artistas Contemporâneos” – Sala Histórica, Projeto Acervo Yázigi e Yázigi         Morumbi Shopping/SP (Instalação e Pintura).
 
1991  Bienal Nacional de Santos/SP (Pintura);
         19o. Salão de Santo André/SP (Pintura).
 
1990  “Pintura”, Espaço Cultural Del Pilar/SP;
         18o. Salão de Arte Contemporânea de Santo André/SP (Pintura);
         Salão de Arte Contemporânea de Avaré/SP, (Pintura e Desenho);
         Coletiva no MIS, São Paulo/SP (Pintura);
         14o. Salão de Artes Plásticas de Franca/SP (Pintura).
 
1989 1o Prêmio Metropolitana de Arte/SP (Pintura);
         17o. Salão de Arte Contemporânea        de Santo André/SP (Pintura);
         Salão Paulista de Arte Contemporânea, SP, Pintura;        
         16o. Salão Limeirense de Arte Contemporânea/SP (Pintura);
         Salão de Arte Contemporânea de Americana/SP (Desenho);
         18o. Salão Bunkyo de Artes Plásticas/SP (Pintura).
 
1988  “Pinturas e Desenhos”, Casa da Cultura de Araraquara/SP;
         “Pintura”, Espaço Cultural do Colégio Humboldt/SP;
         Salão de Arte Contemporânea de São José do Rio Preto/SP (Pintura);
         Salão Brasileiro da Fundação Mokiti Okada/SP/RJ e DF (Pintura);
         3o CONTEMPOARTE no Museu da Imagem e do Som/SP (Pintura);
         13o. Salão de Artes Plásticas de Franca/SP(Pintura);
 
PREMIAÇÕES
1988Prêmio Telarte no 3o ContemporArte, Museu da Imagem e do Som, São   Paulo/SP;
         Menção Especial do Júri no 21o Salão de Arte Contemporânea de    Piracicaba/SP;
         Medalha de Ouro no Salão de Arte Contemporânea de Avaré/SP (Pintura).
1987  Medalha de Prata no 2o Salão de Arte de Angra dos Reis/RJ;
            Medalha de Ouro no 3o Salão de Artes da A. A. P. P, Rio de Janeiro/RJ;
         Prêmio TECSREEN no 1o Salão de Arte Contemporânea de São Paulo/SP;
         Aquisição no Salão de Arte Contemporânea de Americana/SP (Desenho).
         Aquisição no 11o. Salão de Artes          Plásticas de Franca/SP (Pintura);
         Aquisição no Salão Poços Caldense/MG (Pintura).
1986Prêmio Secretaria de Estado da Cultura de S. Paulo no Salão de Artes Plásticas da Grande. São Paulo (Pintura);
         Medalha de Prata no 22o. Salão do Embu/SP (Pintura);
         Menção Especial no 2o Salão de Artes Armando Viana, Associação dos Artistas    Plásticos Profissionais, Rio de Janeiro/RJ;
         Medalha de Ouro no Encontro de Artes de Osasco/SP (Pintura);
         Troféu Destaque em Pintura no Salão de Artes da Faculdade São Judas      Tadeu/SP.
1985  Prêmio Secr. de Estado da Cultura de S. Paulo, no Salão de Artes Plásticas     da Grande São Paulo (Pintura).
1978Grande Medalha de Bronze no 9º SAPEV - Salão de Artes Plásticas dos     Empregados da Volkswagen, São Bernardo do Campo/SP (Pintura).
1977  Menção Honrosa no 8º SAPEV - Salão de Artes Plásticas dos Empregados da        Volkswagen, São Bernardo do Campo/SP (Xilogravura).
 
Projetos Executados
2000Criação de escultura para o prêmio “Gente de Expressão” Revistas “Isto É”, “Isto           É Gente” e “Dinheiro” (Editora Três);
         Criação de objeto-arte para Novos Acervos 2000 -Yázigi Internexus.
1998Criação de escultura (múltiplo) “Um Abraço” - Yázigi Internacional, São Paulo/SP.
1997Criação de escultura para carro do ano - Revista Motor Show (Editora Três);
         Projeto Arte Brasil Meta 29 (Objeto-arte).
1995Projeto Phillips - Criação de Mural -Meta Cultural, Aeroporto de Cumbica/SP (Mural);
         Projeto Revista Veja - Meta Cultural, Aeroporto Santos Dumont/RJ (Mural).
 1993Projeto para holografia - Yázigi/Nick Bollettieri Tennis Academy, Aeroporto         Internacional de Cumbica, Guarulhos/SP.


Rigor e Magia na Obra de Lazur                                             Elvira Vernaschi (*)
  Como diz Kandinsky (1912), “é a harmonização do conjunto na tela que realiza a obra de arte”. Com certeza, é a harmonia que vejo nos trabalhos que Paulino Torrubia Lazur. Acompanho, de perto, a carreira do artista, mas não deixei de me surpreender, mais uma vez, com o rigor estético com que executa seu trabalho. Continua perceptível, para mim, que a construção de seus objetos e pinturas se inicia em algum momento no pensar uma nova obra. Ao passar primeiro para o papel e depois para o veículo de sua escolha, ele a aprimora ainda mais e se pode constatar, então, que é meticulosamente construída. Mas não somente isto, vejo ainda neste instante uma extrema sensibilidade na organização do espaço, no uso das cores.
 É passível de se compreender que estão subjacentes os referenciais à arquitetura e, também, à marcenaria, pontos de partida para entender sua obra; são vínculos com trabalho profissional anterior à sua dedicação exclusiva à manifestação artística. Essas premissas nos dão a noção de uma busca quase intransigente sobre o domínio do material, seja a própria tela, a tinta ou os recortes em madeira e alumínio.
 Paulino parte sempre de um plano básico onde a clareza, a simplicidade e o rigor são o parti pris de sua obra. Apolíneo, quase não há brechas em seu raciocínio e não há displicência em sua postura. A coerência pictórica é manifestada através de uma necessidade interior premente de como se mostrar ao mundo.
 O geométrico, ele o reinventa a partir de obras elaboradas no final dos anos 1980 – as ‘indigenárias’ -, agora com muito mais rigor. A primeira obra, e como mencionei logo acima já elaborada mentalmente, aquela que deu início à série foi a construção de um ‘objeto-pêndulo’, em madeira e alumínio (lições de marcenaria!).  Nesses objetos pendulares, bipolares, ele mistura, sem medo, tipos de madeira (mogno/marfim, roxinho/itaúba) e alumínio, elaborando formas de cores. A utilização de materiais díspares o interessa na medida em que propiciam a criação de uma nova possibilidade, novas formas, nova expressão, e que nos asseguram que podem ser juntadas e que podem ter conexão.
 Misturando elementos, acrescenta-lhes momentos de tensão e ruptura e intersecção e proximidade, em que o espaço está sempre presente simultaneamente com o tempo. Através de círculos, quadrados e triângulos ele insere novos elementos que nos faz perceber conexões com símbolos universais, estéticos, filosóficos ou religiosos: negativo/positivo, quente/frio, mandalas/maçonaria. Nos círculos, por exemplo, deixa visível várias camadas de madeira que nos remetem a ciclos geológico/cósmicos, tal como se fossem o registro mesmo das etapas de sua pesquisa processual. No triângulo, ele acentua nosso foco de visão com um ponto central: o terceiro olho!
 Através de planos, linhas e volumes, o artista resgata formas puras e precisas que muito se relacionam com perfis de edifícios e construções urbanas. São pinturas em acrílico com pincelas que, em certa medida, desnudam o interno dessas edificações, quase à maneira do cubistas de primeiro tempo com sua obsessão de pintar os objetos em todas as suas dimensões. Círculos, triângulos, quadrados, pontos, retângulos, precisão de linhas, formas e estruturas são intensificadas pelo uso de cores. Na mistura desse elementos e do acréscimo de tensão e ruptura, o artista nos remete a questões inerentes ao urbano, desde o sensorial ao simbólico e das possibilidades expressivas que nossa percepção possa captar.
 Como sempre em sua obra, ele transporta o objetual para a superfície da tela, criando visibilidades novas: o vai-vem de uma fórmula à outra. Ao pintar as figuras geométricas, ele escurece sua paleta para que a formase impregne, ainda mais, desse geometrismo: abusa dos vermelhos, terras e pretos. Ao abolir a moldura ele insere uma outra maneira de atrair a realidade exterior para o interior de sua obra.
 O pêndulo e suas variantes se constitui em importante figura em sua relação entre formas e cores. Símbolo do tempo, se contrapõe à espacialidade de formas e cores: a forma tem sua representatividade, a cor sua expressividade. A simbologia que encontramos em sua obra, ele as induz e fica na pendência das relações que possamos fazer segundo nosso olhar, conhecimento, cultura e interpretação de mundo.
 Em sua pintura o efeito sensorial é delicado e se dá através das modalidades de ação da cor, sobrepondo camadas de tinta até atingir a nuance desejada. Às vezes introduz uma forma/cor contrastante, como um estranho no ninho, para, segundo ele próprio, “provocar/brincar com o público e sua percepção do trabalho”. Sabe usar muito bem a superfície telar. Abusa do inter-relacionamento de proximidade e distanciamento que propõe entre o objeto e o observador. A perfeita estrutura que consegue pode e deve ser interpretada como uma revisão da construtividade geométrica, mas à qual não falta, também, uma forte dose de expressividade. A simbologia é inerente e universal. Encontra-se no nosso consciente e no dele, no inconsciente coletivo. O modo como o espaço é utilizado e a maneira como trabalha formas e cores, instigam nosso olhar, multiplicam as perspectivas e possibilidades e nos conduzem a trabalhar nossa própria percepção. Suas ferramentas são a linha, a cor, a forma, elementos com os quais trabalha seu rigor artístico e nos brinda com magicidade.
(*) Elvira Vernaschi é historiadora e crítica de arte.
      Membro das Associações Brasileira e Internacional de Críticos de Arte- ABCA e AICA
      São Paulo, 2016